Se tivéssemos de fazer
uma comparação entre o ser humano e algum objeto, qual escolheríamos?
Um
computador – que tem muitos dados armazenados em seu HD?
Que
tal uma geladeira – que fica ligada dia e noite trabalhando para conservar os
alimentos para todos poderem ser bem alimentados?
Uma flor – bonita, cheirosa, embora tenha
alguns espinhos e murche rapidamente?
Deus
fez essa comparação e escolheu um vaso de barro.
Oportuno, pois um vaso de
barro é frágil como todo homem. Deus ensina com essa comparação a necessidade
de humildade que devemos demonstrar em nossa vida. É o que diz o texto: “para
que a excelência do poder seja de Deus” 2 Co 4.7.
Paulo
quer deixar claro que o seu ministério dependia totalmente de Deus, tudo o que
ele fazia e era estava intimamente relacionado com o que Cristo fazia em sua
vida. Paulo não quer ser elogiado como um vaso de ouro, nem ser desprezado como
se a sua vida não tivesse nenhum valor. Ele quer chegar a um equilíbrio. Ter o
Espírito de Deus habilitando em nós e ser portadores do grande tesouro do
evangelho também dá segurança e força para a vitória diante das dificuldades.
Paulo descreve o que acontece conosco externamente por sermos como um vaso de
barro e também como será nossa reação interna quando temos dentro de nós esse
grande tesouro: “pressionados, mas não desanimados; perplexos, mas não
desesperados; perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos.”.
Certamente
devemos ser vasos submissos, humildes e dependentes do Senhor. Vasos valiosos
por guardarem dentro de sim um grande tesouro. Será que somos vasos conhecidos
só pela beleza da nossa pintura ou vasos de barro com conteúdo valioso? Esse
fica para você leitor responder.
2
Coríntios 4:1-10
1. Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que
nos foi feita, não desfalecemos;
2. Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não
andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos
recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação
da verdade.
3. Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que
se perdem está encoberto.
4. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos
incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de
Cristo, que é a imagem de Deus.
5. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o
Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.
6. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é
quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória
de Deus, na face de Jesus Cristo.
7. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a
excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos,
mas não desanimados.
9. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não
destruídos;
10. Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor
Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos
corpos;
Observações do Texto:
4.4 – O DEUS DESTE SÉCULO. O “deus deste século”, ou “príncipe
deste mundo” é Satanás (cf. Jo 12.31; 14.30; 16.11; Ef 2.2; 1 Jo 5.19), que
exerce poder sobre boa parte da atividade deste mundo. Ele governa como
usurpador e seu governo é temporário e não absoluto. Satanás continua agindo,
mas somente segundo a vontade permissiva de Deus, até ao fim da história (Ap
19.11 – 20.10). Aqueles que não se submetem a Jesus Cristo, permanecem sob o
controle de Satanás. Este cega os olhos deles à verdade e à glória do evangelho,
a fim de não serem salvos. A solução para esta trágica situação é neutralizar a
atividade dele, mediante a intercessão e pregar o evangelho no poder do
Espírito Santo (At 1.8), para que o povo ouça, entenda e decida crer ou não (vv
5,6; ver Mt 4.10).
4.7 – ESSE TESOURO EM VASOS DE BARRO. O cristão é um “vaso de barro” que,
às vezes, passa por tristezas, lágrimas, aflições, perplexidades, fraquezas e
temores (cf. 1.4, 8,9; 7.5). Mas o cristão não derrotado por causa do “tesouro”
celestial que nele está. O cristianismo não é a eliminação da fraqueza, nem
meramente a manifestação do poder divino através da fraqueza humana (12.9).
Isto significa:
1º.
Que
em toda aflição podemos ser mais do que vencedores mediante o poder e o amor de
Deus (Rm 8.37).
2º.
Que
nossas fraquezas, aflições e sofrimentos nos tornam totalmente receptivos à
graça manifesta em nossos corpos (vv. 8-11; cf. 12.7-10).
4.8 – ATRIBULADOS, MAS NÃO ANGUSTIADOS. Se experimentamos a presença de
Cristo e o seu poder em nossa vida, absolutamente nenhuma aflição, perturbação,
enfermidade ou tragédia provocará nossa derrota espiritual. Quando as
circunstâncias exteriores se tornam insuportáveis e nossos recursos humanos e
esgotam, os recurso divinos nos são dados, para aumentar e desenvolver nossa
fé, esperança e força. Deus não abandonará seus filhos fiéis, em nenhuma
circunstância (Rm 8.35-39; Hb 13.5).
No
demais irmãos meus que o Espírito Santo possam falar ao seu coração.