Dia 25 é o nascimento de Jesus???
O DIA 25 DE
DEZEMBRO
Para
entendermos como surgiu o dia 25 de dezembro, e o que tem esta data a ver com o
suposto nascimento de Jesus, é necessário analisarmos alguns fatos. Em dezembro
era celebrada a festa dos Saturnais, dedicado ao deus Saturno, que durava cerca
de quatro dias ou mais. Segundo criam os pagãos romanos, este deus habitava no
Lácio - nome proveniente de ter ele se escondido naquela região - Lateré - que
significa esconder-se, ocultar-se. E tendo sido recebido pelos homens, lhes
ensinou a agricultura, trazendo, segundo a lenda, a chamada "Idade do
Ouro". Os Saturnais procuravam repetir esse período, fazendo uma espécie
de feriado, quando ninguém trabalhava, os tribunais e escolas eram fechados
(1), havendo nessa festa um fato importante: "os escravos recebiam
permissão temporária para fazer tudo o que lhes agradasse, e eram servidos
pelos amos". (2) (Os grifos são meus.) Anteriormente, era coroado um rei,
que fazia o papel de Saturno, quando "usufruía de todas as prerrogativas
daquele deus durante um tempo e depois morria, por sua própria mão ou
sacrificado". (3) Esta festa era uma espécie de carnaval, e se dava no
chamado solstício de inverno. Vamos entender o significado de solstício : A
Terra, ao girar em volta do sol, forma uma trajetória que é chamada de
eclíptica.
Porém,
como o eixo de rotação da Terra não está perpendicular à eclíptica, mas
ligeiramente inclinado, o sol, na maior parte do seu curso aparente no céu, não
passa exatamente em cima do equador, mas fica inclinado. Há somente dois
períodos do ano em que ele passa em cima do equador que são os períodos de
equinócio. Quando ele se inclina o máximo, tanto para o norte, como para o sul,
dá-se o que chamamos de solstício. Para quem vive no hemisfério norte, quando o
sol se inclina o máximo para o norte, dá-se o solstício de verão, iniciando a
estação de verão, e quando ele se inclina o máximo para o sul, ocorre o
solstício de inverno, dando a estação de inverno, que em certos lugares chega a
ser tão rigoroso que não há trabalho. Nesses períodos, as noites são longas e
frias. "Este solstício é importantíssimo para os povos nórdicos, porque de
dezembro a março o sol se apaga como se prenunciasse o fim da vida. Os pagãos
comemoravam a data com festas. Acendiam fogueiras, ornamentavam as ruas com
flores e galhos verdes e erguiam altares nas casas. Faziam tudo para agradar os
deuses e pedir-lhes que o inverno fosse brando e o sol retornasse redivivo, no
início da primavera".(4) Em certas regiões, bem próximas do pólo norte, no
solstício de inverno o sol desaparece da linha do horizonte, justamente por
causa da sua inclinação aparente para o sul. Para quem vive nessa região, o sol
fica dias sem nascer, trazendo, portanto, uma noite longa. No Brasil, que se
situa no hemisfério sul, o solstício de inverno se dá em junho, (o Natal ocorre
no verão). Nesta época , temos as chamadas "festas juninas", quando
as tradições pagãs e natalinas são também apresentadas nas tradições da festa
da fogueira, comidas típicas, danças, etc. Conhecendo, então, o "sumiço"
aparente do sol em certas regiões, fica fácil entender como surgiu o culto ao
sol. O sol tem sua representação no deus greco-romano Apolo, considerado como
"Sol invicto". (5), e seus equivalentes entre outros povos pagãos,
são diversos: Ra - o deus egípcio; Utu - dos babilônicos; Surya - da Índia; e
também Baal e Mitra. Todos estes e as Saturnálias, deram origem ao dia 25 de
dezembro, como o dia do sol. Baal, por exemplo, era o abominável deus dos
cananeus, e seu nome significa "senhor” (6). Considerado o deus das
montanhas, das tempestades e da chuva, simbolizava a plenitude da vida, e em
sua mão estava o poder de provocar as chuvas, o nascimento das fontes, e a
fertilidade da terra. (7) Quando o Império Romano conquistou várias partes do
mundo antigo, essa divindade acabou entrando no panteão Romano, através dos
escravos importados e mercenários sírios (8), tendo grande aceitação
principalmente porque os romanos procuravam "novas experiências
espirituais". No seu culto eram imoladas crianças e adolescentes, a ponto
de seus rituais serem proibidos pelo imperador Adriano (76-138 DC). Sua prática
passou para a clandestinidade e, posteriormente, como as religiões egípcias,
seus cultos foram depurados e desligados das tradições bárbaras. Logo, se
transformaram em "severos códigos morais", elevando-se à
"sabedoria dos mistérios" (9), tal como se deu com o mitraísmo.
Quanto ao Mitra - deus indo-iraniano - era muito apreciado no exército romano
(10) onde apenas homens participavam (11) em recintos fechados - grutas -
chamados de "Mithraeum" ou "Spelaeum", muito comum dentro
de Roma (12). Era uma religião de iniciação secreta, com graus, semelhantes aos
existentes na maçonaria (13) Mitra era adorado como deus-sol (14) e comemorado
entre os dias 24 e 25 de dezembro, quando, segundo a lenda, teria nascido de
uma enorme rocha (15) Seu nome, de raiz indo-européia, significa:
"troca", "contrato" e "amizade" justamente como é
considerado: "amigo de todos" (16) Como Baal e Mitra já eram
conhecidos dos romanos, Aureliano (2127-275 d.C.), imperador de Roma,
estabeleceu, no ano de 273 d.C. , o dia do nascimento do Sol em 25 de dezembro
- "Natalis Solis Invicti" - que significa: "nascimento do Sol
invencível" (17) Foi a partir desse ponto que todas as forças do paganismo
se uniram para atacar frontalmente a igreja do Senhor Jesus, aliciando,
enganando e infiltrando as doutrinas de iniciação aos mistérios para dentro da
igreja. O catolicismo romano foi um dos resultados disso. Mas, para que o plano
desse certo, apareceu Constantino (317-337 d.C.), imperador de Roma, com uma
nova maneira de abordar os cristãos. Segundo uma lenda, antes da batalha contra
Maxêncio, ele teve uma visão da cruz contra o sol, e uma mensagem que dizia,
"com este sinal vencerás". Constantino era adorador do Sol, mas não
há provas que ele fosse membro do mitraísmo, em cujos rituais eram usados pães
marcados com uma cruz (18). De qualquer maneira, este símbolo é evidentemente
pagão. (19) . Conseguindo a vitória, Constantino, aparentemente, apoiou os
cristãos e decretou o Édito de Milão em 313, dando liberdade de culto aos
cristãos e trocando, dessa forma, a perseguição pela tolerância tão desejada.
“Mas também “estava resolvido a recompensar a religião de seu novo patrono de
maneira digna de um Imperador Romano”.” Privilégios e grandes somas de dinheiro
foram doados às igrejas de todas as municipalidades” (20). Ele
"legalizou" o cristianismo perante o mundo pagão e "os
sacerdotes cristãos tiveram direito à mesma insenção fiscal concedida aos de
outras religiões" (21) Na verdade, Constantino igualou o
"cristianismo" com o paganismo. Realmente, foi uma boa estratégia. Os
cristãos, antes cruelmente perseguidos, agora, receberam do imperador a
liberdade de culto, e passaram a enfrentar um novo problema: a interferência do
Estado na Igreja . Constantino comprou os sacerdotes romanos, conseguiu
aliciar, e de fato, governou a igreja de Roma, e introduziu nela os ritos
pagãos (22) Como adorador do Sol, não resta dúvida a sua influência: ele fez do
dia 25 de dezembro uma festa cristã (23), para que se celebrasse o nascimento
de Cristo. Ele fez da festa de Mitra, Baal, Osíris, Apolo, e outros deuses
abomináveis, a festa do nascimento de Cristo - Uma forma de sincretismo
religioso.Talvez, Constantino seja considerado convertido a Cristo. Se isso for
verdade, porém, ele foi devidamente utilizado para a circunstância. Esta é uma
prova de que a sinceridade não livra ninguém dos erros da ignorância, e nesse
caso, ignorância espiritual que é um pecado. Repito: se Constantino realmente
era salvo pelo sangue de Cristo , isto não quer dizer que ele não foi utilizado
por Satanás. Mas há evidências de que sempre existiram verdadeiros cristãos que
não comemoravam o Natal. Talvez poucas, pois, a História (dos homens) jamais se
preocuparia em registrar evidências que não sejam para agradar o mundo. Porém,
sempre escapa algumas dessas provas: "a comemoração do Natal a 25 de
dezembro não foi passivamente aceita por todas as igrejas cristãs, em virtude
de sua identificação com a festa pagã do solstício. A controvérsia levou o
clero armênio a considerar os sacerdotes romanos como idólatras".(24)
"Não se sabe a data precisa do nascimento de Jesus. “Os primeiros cristãos
não celebravam Seu nascimento porque consideravam a comemoração de aniversário
um costume pagão”. (25)