12/11/2016

POSIÇÃO DOS CRISTÃOS BRASILEIROS COM RELAÇÃO À ISRAEL

POSIÇÃO DOS CRISTÃOS BRASILEIROS COM RELAÇÃO À ISRAEL, LUGARES SAGRADOS E O POVO JUDEU.

Exmo. Sr. Ministro das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil

O grupo Cristãos Brasileiros e simpatizantes, que assinam este manifesto vem, respeitosamente, perante V.Exa., manifestar-se nos seguintes termos:

A Cultura de Paz que tornou-se uma bandeira de nossa nação brasileira, construída e manifestada nestes quase centro e trinta anos de nossa história republicana, independentemente de quais governos ou partidos políticos ocupassem o executivo de nossa nação, viveu momentos dourados, quando logo após o final da II Grande Guerra Mundial, na então recém formada Organização das Nações Unidas, na pessoa do seu Embaixador, nosso Chanceler Oswaldo Aranha, presidiu a histórica votação, em que decidiu-se por um Plano de partição da Palestina para a criação do Estado de Israel.

O reconhecimento desta posição brasileira é notória ao povo judeu que, no conhecido espaço em Jerusalém chamado Wohl Rose Park, onde encontra-se O Parlamento Israelense, O KNESSET; O Símbolo da Nação, A Menorah, (candelabro de sete braços), colocou uma homenagem ao “NOBRE POVO DO BRASIL” e ao nosso Embaixador, por entranhados laços de amor e respeito para com o POVO JUDEU que teve uma longa trajetória e luta para se manterem unidos, mesmo tendo sido expulsos de sua pátria cerca de dois mil anos atrás.

Foi no ano 70 de nossa Era, que este povo foi expulso de sua terra através da investida do General Romano, Tito, que destruiu as Muralhas, O Templo construído por Zorobabel, renovado e remodelado por Herodes, O Grande, no local onde outrora, Salomão construiu um Templo ao Deus do seus pais. Templo este, que também foi destruído na invasão Babilônica do ano 586 antes de nossa Era.

Não são novidades os esforços para que tais verdades históricas sejam de todo apagadas, à vista do que O Imperador Adriano realizou no ano 131 de nossa Era quando mandou arar a Esplanada do Templo e mudou o nome de YERUSHALAIM para AELIA CAPTOLINA.

O absurdo desta violência histórica era de que embora não tendo ficado pedra sobre pedra da Majestosa “Casa de Oração para Todos os povos” que ficava no local mais alto do Monte chamado desde os dias dos Patriarcas, de MORIAH, é que a estrutura construída por Herodes para ampliar o espaço de visitação pública, permaneceu quase intacta nestes dois mil anos, sendo que nos dias de hoje o local mais visitado e considerado sagrado para os judeus de todo o mundo é o Muro Ocidental, parte mais próxima de onde no passado esteve o aposento dos Antigos Templos, chamado de “A Santidade das Santidades”.

O acesso a este humilde local de orações, só foi possível, mesmo assim, quando na “Guerra dos Seis Dias” em 1967, a investida de várias nações vizinhas do recém-formado Estado de Israel, não logrou sucesso, na tentativa de impedir a Decisão das Nações Unidas, de que O Povo Judeu tivesse direito de viver na Terra de seus antepassados.

Naquele momento em que Israel foi invadido para ser aniquilado, pôde defender-se e legitimamente tomou terras que outrora lhe pertenceram como RAMAT GOLAN (As Colinas do Golan), Jerusalém Oriental e O Monte do Templo, para que as Palavras milenares do Salmo 122 se cumprissem:

Salmo 122:2 e 3 – “Pararam os nossos pés junto às tuas portas, ó Jerusalém! Jerusalém, que estás construída como cidade unificada,”

Respeitando o propósito original daquele local de garantir livre acesso para todas as nações, Israel tem calado seus anseios de que aquela Antiga “Casa de Oração para todos os povos” fosse mais uma vez reconstruída, mantendo as edificações mais novas, e que são consideradas sagradas para os cristãos e os mulçumanos.

Temos acompanhado resoluções ligadas a organismos das Nações Unidas, que sequer reconheciam o vínculo de judeus e cristãos com a Cidade Velha, e temos estado bastante satisfeitos com o esforço do nosso governo através do seu Ministério de Relações Exteriores, em posicionar-se contrário a esta postura desiquilibrada, bem como responsabilizar apenas um lado pelo Ciclo de Violência da Região.

Reconhecemos da mesma forma o esforço de nossa Chancelaria, mantendo a tradição pacifista do povo brasileiro, em garantir livre acesso aos locais sagrados das três religiões monoteístas, coisa que é verificado hoje quando milhares de turistas do Mundo todo sobem para Jerusalém, e livremente e de forma segura podem visitar os locais sagrados de suas e das outras religiões, em segurança. Sendo comum encontrarmos muitíssimos cristãos orando com os judeus no Muro Ocidental, bem como cada vez mais frequente a visita de mulçumanos à este mesmo local, assim como a visita de cristãos e judeus à Esplanada das Mesquitas (antigo Monte do Templo).

Acreditamos num avanço ainda desta nossa posição já que embora manifestando sua desaprovação a este desequilíbrio expresso nas resoluções 199a. e 200a, mantivemos o voto, não reconhecendo os laços históricos do povo judeu com O Monte do Templo coisa que para os cristãos no Brasil é um ponto onde não pairam quaisquer dúvidas, ante todo este exposto, mui respeitosamente queremos, REITERANDO NOSSO APOIO ao esforço do nosso Governo de equilibrar tais situações delicadas sinalizar nossas posições baseadas em nossos valores cristãos:

Excelência:

Este manifesto tem a intenção de afirmar que os Cristãos do Brasil têm com Israel um laço de unidade indissolúvel e inegociável. Sendo assim:

1) Como rudimento de nossa fé, nós cristãos no Brasil, nos vemos ligados a Israel e ao povo judeu, e jamais concordaremos com posições de nosso governo contrárias à existência de Israel e ao seu direito de viver livremente numa nação Judaica, bem como administrar sua nação e defender sua Soberania.

2) Reconhecemos o direito de Israel de ter acesso a locais sagrados por seus vínculos históricos, como Jerusalém Oriental, A Cidade Velha de Jerusalém e o Monte do Templo.

3) Reconhecemos que o povo judeu mesmo tendo sido expulso de sua Terra violentamente e espalhados pelas nações, aguardou pacientemente, mesmo sofrendo os horrores nazistas na Segunda Guerra Mundial e tantas outras violentas perseguições na história, até o ano de 1947, quando novamente foi-lhe concedido o direito legal de voltar à Terra de seus antepassados.

4) Esperamos que com a mesma firmeza de princípios que defende um lar nacional para o povo árabe-palestino, que a Diplomacia brasileira defenda expressamente, de forma pública e textual, o direito de Israel existir como uma nação judaica, tendo como sua capital indivisível a Cidade de Jerusalém.

5) Esperamos que todos os esforços possíveis de nosso governo possam continuar sendo empregados para que o acesso aos locais sagrados sejam facilitados, garantidos e protegidos para que haja segurança e paz, e nisso os Valores da Antiga “Casa de Oração” dos judeus estarão sendo contemplados.

6) Esperamos que as relações diplomáticas entre O Brasil e Israel que recentemente tornaram-se instáveis, possam voltar à normalidade da amizade histórica que une nossos povos, e que a mais clara manifestação disso seja de que novamente Israel possa indicar Embaixador enviado ao Brasil e lho possamos receber com honra e dignidade em nossa nação.

7) Esperamos que as futuras posições da política externa brasileira, em especial sob o Tema Israel e o Povo Judeu, sejam tema de amplas discussões já que tais posições são valorizadas por nossa cultura cristã, bem como por nossa história e fé, desta expressiva parcela de nossa população.

Assinam o presente manifesto os Cristãos Brasileiros e simpatizantes. Destacamos as instituições cristãs e judaicas, notadamente conhecidas, que manifestam a pluralidade de nossa posição.

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CAB - CONSELHO APOSTOLICO BRASILEIRO