Festas Pagãs - Festas Juninas.
Depois
do Carnaval, o evento mais esperado do calendário brasileiro são as festas
juninas, que animam todo o mês de junho com muita música caipira, quadrilhas,
comidas e bebidas típicas em homenagem a três santos católicos: Santo Antônio,
São João e São Pedro.
Naturalmente
as festas juninas fazem parte das manifestações populares mais praticadas no
Brasil.
Seria
as festas juninas folclore ou religião? Até onde podemos distinguir entre
ambos? Neste estudo não pretendemos atacar a religião católica, já que todos
podem professar a religião que bem desejarem o que também é um direito
constitucional, mas tão somente confrontar tais práticas com o que diz a
Bíblia.
Herança Portuguesa
A
palavra folclore é formada dos termos ingleses folk (gente) e lore (sabedoria
popular ou tradição) e significa “o conjunto das tradições, conhecimentos ou
crenças populares expressas em provérbios, contos ou canções; ou estudo e
conhecimento das tradições de um povo, expressas em suas lendas, crenças,
canções e costumes”.
Como
é do conhecimento geral, fomos descobertos pelos portugueses, povo de crença
reconhecidamente católica. Suas tradições religiosas foram por nós herdadas e
facilmente se incorporaram em nossas terras, conservando seu aspecto
folclórico. Sob essa base é que instituições educacionais promovem, em nome do
ensino, as festividades juninas, expressão que carrega consegue muito mais do
que uma simples relação entre a festa e o mês de sua realização.
Plágio do Paganismo
Na
Europa antiga, bem antes do descobrimento do Brasil, já aconteciam festas
populares durante o solstício de verão (ápice da estação), as quais marcavam o
início da colheita. Dos dias 21 a 24, diversos povos, como celtas, bascos,
egípcios e sumérios, faziam rituais de invocação da fertilidade para estimular
o crescimento da vegetação, prover a fartura nas colheitas e trazer chuvas.
Nelas, ofereciam-se comidas, bebidas e animais aos vários deuses em que o povo
acreditava. As pessoas dançavam e faziam fogueiras para espantar os maus
espíritos. Por exemplo: as cerimônias realizadas em Cumberland, na Escócia e na
Irlanda, na véspera de São João, consistiam em oferecer bolos ao sol, e algumas
vezes em passar crianças pela fumaça de fogueiras.
As
origens dessa comemoração também remontam à antiguidade, quando se prestava
culto à deusa Juno da mitologia romana. Os festejos em homenagem a essa deusa
eram denominados “junônias”. Daí tem uma das procedências do atual nome “festas
juninas”.
Tais
celebrações coincidiam com as festas em que a Igreja Católica comemorava a data
do nascimento de São João, um anunciado da vinda de Cristo. O catolicismo não
conseguiu impedir sua realização. Por isso, as comemorações não foram extintas
e, sim, adaptadas para o calendário cristão. Como o catolicismo ganhava cada
vez mais adeptos, nesses festejos acabou se homenageando também São João. É por
isso que no inicio as festas eram chamadas de Joaninas e os primeiros países a
comemorá-las foram França, Itália, Espanha e Portugal.
Os
jesuítas portugueses trouxeram os festejos joaninos para o Brasil. As festas de
Santo Antônio e de São Pedro só começaram a ser comemoradas mais tarde, mas
como também aconteciam em junho passaram a ser chamadas de festas juninas. O
curioso é que antes da chegada dos colonizadores, os índios realizavam festejos
relacionados à agricultura no mesmo período. Os rituais tinham canto, dança e
comida. Deve-se lembrar de que a religião dos índios era o animismo politeísta
(adoravam vários elementos da natureza como deuses).
As
primeiras referências às festas de São João no Brasil datam de 1603 e foram
registradas pelo frade Vicente do Salvador, que se referiu aos nativos que aqui
estavam da seguinte forma: “os índios acudiam a todos os festejos dos
portugueses com muita vontade, porque é muito amigos de novidade, como no dia
de São João Batista, por causa das fogueiras e capelas”.
Sincretismo Religioso
Religiões
de várias regiões do Brasil, principalmente na Bahia, aproveitam-se desse
período de festas juninas para manifestar sua fé junto com as comemorações
católica. O Candomblé, por exemplo, ao homenagear os orixás de sua linha,
mistura suas práticas com o ritual católico. Assim, durante o mês de junho, as
festas romanas ganham um cunho profano com muito samba de roda e barracas
padronizadas que servem bebidas e comidas variadas. Paralelamente as bandas de
axé music se espalham pelas ruas das cidades baianas durante os festejos
juninos.
Um
fator fundamental na formação do sincretismo é que, de acordo com as tradições
africanas, divindades conhecidas como orixás governavam determinadas partes do
mundo. No catolicismo popular, os santos também tinham esse poder. “Iansã
protege contra raios e relâmpagos e Santa Bárbara protege contra raios e
tempestades”. Como as duas trabalham com raios, houve o cruzamento. Cultuados
nas duas mais populares religiões afro-brasileiros – a umbanda e o candomblé –
cada orixá corresponde a um santo católico. Ocorrem variações regionais. Um
exemplo é Oxóssi, que é sincretizado na Bahia com São Jorge, mas no Rio de
Janeiro representa São Sebastião. Lá, devido ao candomblé, o Santo Antônio das
festas juninas é confundido com Ogun, santo guerreiro da cultura
afro-brasileira.
O que diz a Bíblia
Para
muitos cristãos, pode parecer que a participação deles nessas festividades
juninas não tenha nenhum mal, e que a Bíblia não se posiciona a respeito. O
apóstolo Paulo, no entanto, declara em I Coríntios 10.11 que as coisas que nos
foram escritas no passado nos foram escritas para advertência nossa. Vejamos o
que ele disse: “Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e está escrito para
aviso nosso para quem já são chegados os fins dos séculos”.
O
que nos mostra a história do povo de Israel em sua caminhada do Egito para
Canaã? Quando os israelitas acamparam junto ao Monte Sinai. Moisés subiu ao
monte para receber a lei da parte de Deus. A demora de Moisés despertou no povo
o desejo de promover uma festa a Deus. Arão foi consultado e, depois de concordar,
ele próprio coletou os objetos de ouro e fabricou um bezerro com esse material,
O texto bíblico diz o seguinte:
“Ele
os tomou das suas mãos, e com um buril deu forma ao ouro, e dele fez um bezerro
de fundição. Então eles disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te
tiraram da terra do Egito. Arão, vendo isto, edificou um altar diante do
bezerro e, apregoando, disse: Amanhã será festa ao Senhor” (Êx 32.4-5).
Qual
foi o resultado dessa festa idólatra ao Senhor? Deus os puniu severamente: “Chegando
ele ao arraial e vendo o bezerro e as danças”. acendeu-se lhe a ira, e
arremessou das mãos as tábuas, e as quebrou ao pé do monte. Então tomou o
bezerro que tinham feito, e o queimou no fogo, moendo-o até que se tomou em pó,
e o espargiu sobre a água, e deu-o a beber aos filhos de Israel.
O
teor religioso das festas juninas não passa de um ato idólatra quando se presta
culto a Santo Antônio, São João e São Pedro.
Como
cristão, devemos adorar somente a Deus: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a
ele servirás” (Mt 4.10). Assim, nossos lábios devem louvar tão-somente o Senhor
Deus: “Portanto, ofereçamos sempre por meio dele o Deus sacrifício de louvor,
que é o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15). O texto de
Apocalipse 7.9 é um bom exemplo do que estamos falando: “Depois destas coisas
olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as
nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o
Cordeiro, trajando vestes brancas com palmas em suas mãos. E clamavam com
grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao
Cordeiro”.
Lembramos
a atitude de Paulo e Barnabé diante de um ato de adoração que certos homens
quiseram prestar a eles: “E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram
a sua voz, dizendo em língua licaônica: Fizeram-se os deuses semelhantes aos
homens, e desceram até nós. E chamavam Júpiter a Bamabé, e Mercúrio a Paulo;
porque este era o que falava. E o sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em
frente da cidade, trazendo para a entrada da porta touros e grinaldas, queriam
com a multidão sacrificar-lhes. Porém, ouvindo isto os apóstolos Barnabé e
Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o meio da multidão, clamando, e
dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como
vós, Sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas
vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há” (At
14.11-15).
Motivos para não Participar de Festas Juninas
Diante
de tudo o que foi dito acima dará uma recapitulação expondo o "por que"
de não participarmos de festas juninas. Vejamos então:
Plágio do Paganismo -
Como vimos, as bases das festas juninas estão fincadas nas práticas das
festividades pagãs, onde os pagãos na mesma data ofereciam seus louvores e suas
festas em honra daqueles deuses. Eram as festas pelas colheitas. As festas
juninas usurpou isto dos gentios, com apenas o detalhe de transvestir tais
festas com roupagem cristã. No entanto, quando Deus introduziu o povo de Israel
na terra prometida adverti-os severamente para que não usassem esse tipo de
costume, diz Ele: "Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá,
não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos.” [Dt.18:9]. Independentemente
das intenções, fossem elas boas ou não, o plágio fora terminantemente proibido
por Deus.
Os Santos não Intercedem -
É notório que estas festividades são para homenagear os três santos. Nestas
datas as pessoas invocam sua proteção através de missas e fazem promessas e
pedidos confiando em sua suposta intercessão. Não obstante, temos razões
bíblicos em abundancia para rejeitarmos estas mediações que os devotos tanto
acreditam. A Bíblia nos diz que existe um só mediador entre Deus e os homens:
"Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo
Jesus, homem," [I Tm. 2:5]. Este verso exclui todos os demais mediadores
forjados pela mente humana. Se tivermos que pedir alguma coisa a alguém, esse
alguém tem de ser Jesus Cristo, veja o que Ele mesmo diz: "... e tudo
quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no
Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei." [João
14:13,14]. Em toda a Bíblia não se encontra nenhum incentivo para fazermos
nossos pedidos, promessas e votos a terceiros.
Os Santos não Escutam
Orações - Um devoto junino acredita piamente que seus "santos"
ouvem suas petições por ocasião destas festividades natalícias ou fora delas,
mesmo sabendo que estas personagens já morreram há séculos! Mais uma vez a
Bíblia rejeita este conceito por declarar a posição correta dos mortos em
relação aos vivos: "Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não
sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a
sua memória ficou entregue ao esquecimento”. 6. “Tanto o seu amor como o seu
ódio e a sua inveja já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre
em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” [Eclesiastes 9:5,6]. Veja que o
verso nos diz que os que já morreram não sabem coisa nenhuma do que acontece
aqui em nosso mundo, na terra (debaixo do sol). é claro que há consciência onde
eles estão, mas aqui em nosso mundo eles não podem ajudar ou atrapalhar
ninguém.
Invocação de Espíritos
dos Mortos - Como já vimos, há uma crença em que o espírito de
São João possa ser despertado por ocasião da soltura de foguetes, a fim de vir
participar daquela festividade em sua homenagem. Folclore ou não, isto reflete
de modo perfeito a crença católica da invocação dos santos. É claro que se o
santo já morreu, o que é invocado é o espírito dele, e isto bate de frente com
a advertência bíblica a respeito da consulta aos mortos. Vejamos: "Quando
vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que
chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? acaso
a favor dos vivos consultará os mortos?" [Isaías 8:19]. E mais: "Não
se achará no meio de ti nem encantador, nem quem consulte um espírito
adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz
estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o
Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti." [Deut. 18:9,-12]. No fundo
a prática de invocar o espírito dos santos nada mais é do que uma prática
espírita e como tal, é reprovada por Deus.
Outro
Espírito Recebe em Lugar do Santo - Como ficaram demonstrados biblicamente os
espíritos dos santos não sabem de nada do que acontece em nosso mundo, portanto
não podem interceder por ninguém. Já que eles são neutros nisso tudo, para quem
vai então às honras e os louvores destas festividades afinal? O apostolo Paulo
estava ensinando quase a mesma coisa aos cristãos de Corinto quando disse:
"Antes digo que as coisas que eles sacrificam, sacrificam-nas a demônios,
e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios." Um
pouco antes, ele acabara de dizer que o ídolo nada é (8:4), ou seja, quando os
gentios sacrificavam suas oferendas e suas festividades a tais deuses, eles na
verdade estavam sacrificando aos demônios (que eram os únicos a receberem tais
oferendas), pois o ídolo nada é. Não estaria acontecendo algo similar nas
festas juninas? Quando um devoto oferece sua colheita, suas oferendas e festividades
a tais santos que segundo a Bíblia, não pode interceder e saber o que está
acontecendo, quem então as recebe? Ou então, quando o pedido é atendido, quem
concede estas "graças" às pessoas nas festas juninas? De uma coisa
temos certeza: dos santos é que não são!
Comidas e Imagens -
Por último temos duas práticas rejeitadas pela Palavra de Deus. As comidas que
são oferecidas nas festas juninas por vezes são benzidas e oferecidas ao santo
que nada mais é do que um ídolo, pois a ele se fazem orações, carregam sua
imagem em procissões, beijam-na, prostram-se diante dela etc. Como exemplo,
temos o famoso pãozinho de Santo Antônio! Entretanto, a Bíblia diz: "Que
vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos... não podeis participar da
mesa do Senhor e da mesa de demônios." [Atos 15:29 ; I Co. 10:21]. Quanto
às imagens dedicadas aos santos, elas são proibidas pela Bíblia nos seguintes
termos: "Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há
em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra; não te
encurvarás diante delas, nem as servirás;" [Deut. 5:8,9]. Estes são
resumidamente alguns poucos motivos, para todo cristão genuíno não participar
de tais festividades.
Conclusão
Pare e pense:
como vimos, todas as práticas encontradas nas festas juninas são rejeitadas
pela Palavra de Deus. Será que Deus se agradaria de tais festividades, quando
sabemos que elas desobedecem explicitamente o que Ele ordenou em sua santa
Palavra? Será que os católicos realmente estão honrando a Deus com isso? Pense
novamente: Se Deus rejeitou as festas de Israel que eram dedicadas somente a
Ele [Amós 5:21-23], mas que haviam sido mescladas com elementos dos cultos
pagãos dos países vizinhos, não rejeitaria com mais veemência ainda as ditas
festas "cristã" dedicada aos santos?
Matéria
compilada e adaptada pela equipe editorial do CACP.
Fontes de consultas:
Defesa da Fé - junho de 2002 nº45;
Jornal - Folha de Rio Preto, 22/06/2003;
Revista - Galileu Junho 2003 nº143;
Artigo do CACP - "As Maldições das Festas Juninas" - Pr. Afonso Martins;
Anotações particulares do Pb. Paulo Cristiano da Silva
Fontes de consultas:
Defesa da Fé - junho de 2002 nº45;
Jornal - Folha de Rio Preto, 22/06/2003;
Revista - Galileu Junho 2003 nº143;
Artigo do CACP - "As Maldições das Festas Juninas" - Pr. Afonso Martins;
Anotações particulares do Pb. Paulo Cristiano da Silva