28/11/2013

Moldado


Moldado

Isaías 64:1-8

1. Oh! Se fendesses os céus, e descesses, e os montes se escoassem de diante da tua face,
2. Como o fogo abrasador de fundição, fogo que faz ferver as águas, para fazeres notório o teu nome aos teus adversários, e assim as nações tremessem da tua presença!
3. Quando fazias coisas terríveis, que nunca esperávamos, descias, e os montes se escoavam diante da tua face.
4. Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera.
5. Saíste ao encontro daquele que se alegrava e praticava justiça e dos que se lembram de ti nos teus caminhos; eis que te iraste, porque pecamos; neles há eternidade, para que sejamos salvos?
6. Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.
7. E já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte, e te detenhas; porque escondes de nós o teu rosto, e nos fazes derreter, por causa das nossas iniquidades.
8. Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai; nós o barro e tu o nosso oleiro; e todos nós a obra das tuas mãos.

O profeta Isaías teve experiências marcantes com o Senhor. No sexto capítulo de seu livro lemos sobre a revelação de Deus ao profeta, que provavelmente andava triste e desanimado com a situação de seu povo. A visão de Deus e a conversa com ele serviram para preparar Isaías para os desafios que enfrentaria como profeta. Ele pôde perceber claramente a santidade de Deus, o pecado humano, a necessidade de purificação e a disposição ao serviço. Em meio ao luto pela morte de seu rei, a nação de Judá estava na iminência de sérios conflitos com o Império Assírio. Isaías desejava, como nunca antes na vida, um tempo de paz. Mas para isso era preciso haver dedicação, esforço, disposição, paciência, coragem e esperança. Para viver em paz é necessário admitir e querer ser moldado por Deus ( deixar que ele trabalhe em nossa vida). No texto de Isaías, o profeta tem outra experiência maravilhosa com Deus. Agora Deus revela o trabalho do oleiro. Nós, criaturas suas, somos a matéria-prima. Deus é o Supremo Artista que cria e molda conforme a sua vontade, a fim de que possamos perceber a paz entre nós e servi-lo com dedicação. Somos barro – o elemento básico da constituição do ser humano. Deus molda a nossa vida assim como o oleiro molda o barro, a fim de chegar à sua obra de arte.
Mas para tanto, para se tornar valioso, o barro precisa ser modificado, esmagado, apertado, perder alguns pedaços, assumir uma forma definida e, finalmente, ser levado ao fogo. Esse processo pode ser, em alguns momentos, doloroso. Mas é preciso saber que a dor não se faz presente pelo fato de Deus ser malvado ou vingativo, mas porque a nossa justiça própria sempre nos desvia do correto e eficaz caminho apresentado pela Palavra de Deus. Ser moldado, por isso, pode significar sofrimento. Mas certamente o resultado é gratificante e abençoador.

26/11/2013

Notícias boas espalham rápido


Logo depois, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente, és também um deles, porque o teu modo de falar o denuncia.” Mateus 26.73
Há algum tempo atrás eu vi uma reportagem em um canal de documentários sobre uma mina de ouro na África, um lugar que, para nós brasileiros, lembraria muito bem a famosa Serra Pelada. O repórter perguntou ao dono da mina se ele não tinha receio de que algum funcionário pudesse encontrar uma pepita de ouro e não entregá-la para vender fora dali.Aquele homem olhou nos olhos do repórter e disse: “é impossível alguém me roubar aqui... Se qualquer empregado meu achar uma pedra de ouro, por menor que seja, ele ficará tão contente que não conseguirá esconder a felicidade, muito menos a pedra de ninguém, ele vai mostrá-la para alguém mais cedo ou mais tarde e eu vou ficar sabendo.”Isto me fez refletir sobre o modo como a alegria do Evangelho deveria e deve atuar em nós. O encontro com Jesus precisa marcar nossas vidas a tal ponto que nosso modo de viver e andar “denuncie” nosso encontro com Ele.No texto que serve de base para esta nossa reflexão, Pedro foi posto à prova, a firmeza do testemunho e da convicção do Apóstolo foi desafiada. Embora ele tenha “amarelado” e negado ao Senhor, e teve oportunidade de fazer isto por três vezes antes do galo cantar, o que eu quero destacar aqui não é o medo que Pedro teve no início de se dizer quem e o que ele era, mas o que eu quero que você perceba é o que acontece no entorno deste versículo. Perceba que Pedro queria apenas acompanhar os momentos finais de Jesus, talvez mais por curiosidade de saber o que poderia acontecer de fato com o Senhor do que propriamente por fé. O surpreendente é que, no meio de toda aquela situação, ele foi “denunciado” pela forma como falava. Não somente o sotaque o entregava, mas algumas pessoas conseguiram reconhecer nele um seguidor daquele que estava sendo condenado.O Evangelho pregado em alguns lugares anda tão desacreditado, tão moldado aos interesses de alguns homens sem escrúpulo, tão morno, conivente com as mazelas humanas e distante da proposta transformadora de Jesus, que já está mais do que na hora de resgatar alguns valores fundamentais da Fé.Este é o momento em que ou nós cristãos decidimos voltar de verdade à mensagem da Cruz, “Arrependei-vos e crede no Evangelho” Marcos 1.15 ou seremos mais uma dentre tantas religiões do mundo que se tornaram meramente clubes de uma espiritualidade vazia voltada para o seu próprio benefício e interesse. Algumas conseguem se aproximar de uma pseudo revelação e descortinar do oculto, mas enganam-se pensando que encontrarão salvação fora do Verbo de Deus que se fez carne.Precisamos tomar ciência sobre qual é o propósito que direciona nossas vidas. O que nos move é a curiosidade ou é a Fé no Evangelho? Certamente sempre seremos conhecidos muito mais pelo nosso modo de vida do que necessariamente pelo que falamos. É assim por toda a História e em todos os lugares.O testemunho foi e sempre será o centro da missão, logo não há Evangelho sem testemunho, mesmo porque a palavra “Evangelho”, no grego original, significa boa notícia, uma maravilhosa novidade para ser compartilhada e espalhada com toda a humanidade. O Evangelho precisa pulsar em nós com a mesma naturalidade da felicidade de uma criança que ganhou um doce ou um presente do pai que acaba de chegar em casa, esta é a condição para que o nosso testemunho alcance bom êxito.O que anunciamos então é a salvação em Jesus Cristo. Nele afirmamos convictos não só pelo que ouvimos e aprendemos, mas pelo que experimentamos, de fato, em nós mesmos, que“não há salvação em nenhum outro, porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” Atos 4.12Qualquer coisa anunciada fora disto não é Evangelho, muito menos, salvação para quem se encontra perdidamente ofuscado por toda a fascinação e envolvimento espalhados pela terra. Pode ser confissão positiva, pode ter aparência de religiosidade, sabedoria e piedade, pode até ter todo um aparato sobrenatural, mas não é a Boa Notícia de Deus para o homem.Em Jesus tudo se fez e se faz novo todos os dias. As cadeias da depressão, opressão, pecado e maldade são facilmente arrebentadas simplesmente por Sua palavra. Sem barganha, sem preço, sem troca, somente pela fé. Permita que o Evangelho lhe transforme hoje, mude suas percepções de mundo, então você conseguirá mudar o que está à sua volta. Deixe o testemunho de Jesus falar em você e através de você.Hoje vou encerrar esta reflexão com o testemunho de João, o apóstolo, que também teve um profundo encontro com a verdade que anunciamos aqui:"O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo." I João 1.1-3O Deus que se fez carne em Jesus Cristo te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!

22/11/2013

As Igrejas que estão Morrendo.


Vejam as Igrejas Que Estão Morrendo
“Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, mas estás morto. Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus”.O texto acima faz parte da carta dirigida ao anjo da igreja, o pastor da igreja de Sardes. Entende-se na leitura das cartas dirigidas às igrejas da Ásia que o conteúdo estende-se à membresia e ao estado da congregação. Assim como a igreja de Sardes tem muita igreja, em nossos dias, que vive apenas de fachada e de marketing e mídia. Pensando nisso, comecei a avaliar o que pode levar uma igreja a adoecer e morrer. Tentei reproduzir aqui o perfil de uma igreja moribunda ou morta e de uma liderança sem vida.Para nossa reflexão: Que carta o Senhor Jesus escreveria para nossas igrejas hoje ou para as lideranças que aí estão?
Perfil das Igrejas que Estão Morrendo.
- Igrejas que reduzem o tempo destinado à exposição da Palavra e trocam a Palavra por teatros, jograis e coreografias;- Igrejas que enfatizam o louvor em detrimento do ensino e desprezam a centralidade da Mensagem da Cruz;- Igrejas que acolhem a teologia da prosperidade e empobrecem espiritual e doutrinariamente;- Igrejas que dão ênfase exagerada aos dons espirituais em detrimento da reflexão teológica;- Igrejas (ditas cristãs) que negam a Trindade como rezam as Escrituras Sagradas;- Igrejas que perderam o compromisso com o Evangelismo e Missão;- Igrejas cujo amor pelas almas foi suplantado pelo amor aos cargos eclesiásticos e políticos;- Igrejas cujo sentimento de doação ao próximo, foi sepultado pelo compromisso com seu próprio ego, visão ministerial e projetos;- Igrejas que trocaram a vida piedosa de oração pela agenda de inúmeras festas, algumas de caráter judaico, como se fossem judeus ortodoxos;- Igrejas que perderam o compromisso com a adoração e a consagração de seus membros em nome de uma liturgia oca de significado, vazia, sem base bíblica;- Igrejas que dizem possuir ministérios criativos, mas desprezam o dinamismo do Espírito explícito nas páginas do Livro Sagrado;- Igrejas que optam pelos pobres em nome de uma teologia que alega lutar pela igualdade e inclusão social, mas que, se preciso for, pega em armas para derramar sangue em nome da justiça;- Igrejas que optam pelos ricos, visando os altos e gordos dízimos, para em nome de Deus construir catedrais, onde o ofertante pobre fica em pé ou assenta-se nos últimos bancos;- Igrejas que defendem o casamento entre homossexuais e o aborto;- Igrejas que defendem o homossexualismo no sacerdócio;- Igrejas que tratam o pobre de “irmãozinho” e o rico de “doutor”;- Igrejas que têm opção preferencial pelos formados, políticos e celebridades;- Igrejas que defendem a frouxidão moral frente ao pecado e alargam a porta que Cristo declarou estreita;- Igrejas que sob pretexto de contextualização, mundanizam-se e, nem evangelizam e nem se contextualizam de fato, mas perdem seus membros para as práticas mundanizantes;- Igrejas que priorizam o caixa e não o altar;- Igrejas que pregam liberdade, mas encontram-se presas a escândalos;- Igrejas que escondem suas mazelas nos porões da história da denominação;- Igrejas que fracassam na ação espiritual, social e doutrinária, porque trocaram à visão de seus pioneiros;- Igrejas que vivem de novas “unções”, tais quais: unção da conquista, unção de ousadia, unção da multiplicação;- Igrejas que aumentam em número e diminuem em calor humano;- Igrejas que crescem em patrimônio, mas decrescem em Graça;- Igrejas que avolumam propriedades, mas perdem a essência de ser Igreja;- Igrejas que trocam a Palavra Escrita pela “palavra confessada”;- Igrejas que pregam cura, mas são doentes doutrinariamente;- Igrejas que têm destacada expressão na mídia, mas são omissas na práxis;- Igrejas que defendem a ortodoxia, mas mentem na ortopraxia;- Igrejas cuja liderança visa lucro e não o bem estar espiritual do rebanho;- Igrejas cujos pastores visam à permanência perpétua no poder;- Igrejas cujos líderes promovem os parentes e perseguem e matam os profetas;- Igrejas cujos obreiros descobrem no ministério uma fonte de lucro e desprezam “as mesas”, isto é, o serviço aos santos.Graças a Deus que mesmo em Sardes ainda há gente comprometida com o Reino e que guardaram as suas vestes sem mancha e que andarão de branco, porquanto são dignas disso.“Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso. O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”.Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!Deus abençoe a todos.

06/11/2013

O maior amigo...


João 11:1-6

1. Estava, porém, enfermo um certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta.
2. E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com ungüento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo.
3. Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas.
4. E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.
5. Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.
6. Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava.

        Como é bom saber que temos amigos e, mais ainda, que podemos contar com eles. Essa nossa habilidade de ter relacionamentos e ser amigo não vem de hoje. Jó, por exemplo, é mencionado na Bíblia como alguém que passou por dificuldades terríveis, mas seus três amigos estiveram ao seu lado – apesar de não terem sido bons conselheiros. Mais interessante ainda é que a amizade não está restrita somente à esfera humana. Abraão foi conhecido como amigo de Deus (Tg 2.23 “E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus”); Jesus também tinha amigos (foi até criticado por se relacionar com pecadores) e no versículo em destaque vemos que ele mantinha um relacionamento de amizade com seus discípulos (Jo 15.15 “Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer”). Mas o que dizer do fato de Jesus parecer tão “tranqüilo” com a notícia da doença de Lázaro? Seria realmente um amigo? Por que não fez nada? Por que não foi imediatamente resolver o problema? Geralmente são essas as perguntas que fazemos quando passamos por alguma dificuldade, não é mesmo? Mas não podemos esquecer que Jesus amava aquela família e também nos ama muito. Isto está muito claro na Bíblia. Além disso, podemos aprender aqui duas grandes maravilhosas lições:
1)    O verdadeiro amigo sabe a melhor hora de ajudar.
2)    Nossa amizade precisa glorificar o nome de Deus.
Você acha que foi fácil para Jesus esperar mais dois dias para só então começar a viagem até seu amigo, tendo poder para curá-lo inclusive à distância? Se os olhos humanos ele demorou para atender Lázaro, assim fez porque foi preciso para a fé de seus seguidores e, principalmente, para a glória do Pai. Por isso, nunca se esqueça: Jesus é nosso melhor amigo! Ele sabe o que é melhor para nossas vidas e nos atende em qualquer situação, conforme os propósitos de Deus.


Fonte: Pão Diário Edição 14.